domingo, 7 de novembro de 2010

No dia em que o meu amigo se casou


Hoje o meu grande amigo de infância casou-se. Um amigo muito querido porque o escolhi muito cedo para ser também meu irmão.
Conhecemo-nos desde sempre. Éramos cúmplices de todas as brincadeiras e segredos.
Era com ele que as brincadeiras eram mais divertidas.
Brincávamos às "Lojas Charlot" (inspirados numa novela brasileira muito em voga por cá nos anos 80 - acho que se chamava Guerra dos Sexos) e eu era a chefe, ele era o chefe, e a nossa amiga que morava no rés-do-chão era a empregada.
Quando eu quis aprender a fazer malha, ele aprendeu também.
Quando as nossas mães não nos deixavam brincar juntos, eu ficava na minha varanda e ele na marquise da casa dele. E estávamos assim, à distância, mas sem nunca deixar de brincar.
Quando a minha mãe não me deixava ir despejar o lixo de bicicleta, ele ia ao meu lado na bicicleta dele e, quando as nossas mães já não nos podiam ver, eu ia na bicicleta dele e ele ia atrás de mim a correr com o meu caixote do lixo na mão.
Um dia deparámo-nos com um cão. Grande. Enorme. Gigantesco. Voltámos a correr para casa, cheios de medo e assustadíssimos, porque tínhamos visto um cão-boi.
A esse amigo desejo O MELHOR. Menos do que isso é pouco. Muito pouco, quando se trata do amigo que escolhemos para irmão também.

2 comentários:

  1. Olá Arisca,
    Vi o teu comentário na Mansarda e vim ver. Gostei muito deste teu post. A amizade é das coisas melhores da vida. Oxalá tu e ele nunca deixem de se ver, de comunicar, de ser os amigos de sempre. Não sabia que tinhas Blogue novo, vou colocá-lo agora na Mansarda. Espero que te dê prazer tê-lo por muito tempo. Beijinhos e Bom Fim de Semana

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  2. Muito obrigada, Mariinha :)
    Eu e as minhas "mudanças de casa"...
    Beijinho grande!

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